sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Love Story in lotação by Tarumã - Parte 1

E chegou a grande inauguração do autodromo de Tarumã !
Dois dias antes, eu, o Indio e o JL combinamos de ir de carona para Porto Alegre e depois para Tarumã, assistir a inauguração do autodromo! Sexta-Feira 8 h da manhã começamos a nossa desventura heróica ! Saímos os três de calça Lee (americana), tênis Bamba ( O Tchã da época) e umas camisas que nós mesmo havíamos tingido com cordão amarados e tinta Jacaré!
Pegamos a estrada e pedindo stops, fomos caminhando em direção a Porto Alegre!
13 h e loucos de fome conseguimos chegar no posto da Polícia Rodoviária. Nenhum carro ou caminhão de sã consciência iria parar para aqueles três cabeludos!
Não sei doía mais o fato de não ter conseguido carona, ou os pés cheios de bolhas ou mesmo a barriga roncando de fome!
Dar volta seria o fim! Todos da quadra haviam assistido nossa saída triunfante !
Vamos em frente, centimetro por centimetro...
18 h e conseguimos chegar na Vila Lange (Atual Turuçu). Como não havia um idealizador da idéia de ir para Tarumã, tinha sido uma idéia dos três. Não se tinha a quem xingar!!!
E pedindo stop! e pedindo stop! Nada !!!
Até que uma Kombi parou! Corremos (acho que fica mais simpático que dizer nos arrastamos) até ela e desceu um senhor.
Perguntou aonde íamos e surpreso da nossa decisão, disse que nos levaria na Kombi, até Porto Alegre!
Porém teríamos que ir deitados em cima de uma caixas de bolachas que levava.
Bem, agora eu sei como um morto e uma sardinha se sentem. Entre o teto da Kombi e nós sobrava o espaço para colocar a mão e coçar a barriga ! Era um legítimo sarcófago !
22.30 Chegamos em Porto Alegre e descemos na Praça da Matriz ! Dali foi um pulo até a rua Riachuelo onde morava minha Tia e que nos dar a janta aquela noite.
Depois saímos para Tarumã, onde chegamos por volta da 1/2 noite.
dormimos no chão, na frente do portão principal. Éramos os primeiros da fila.
Quando abriu, entramos sem deixar os ingressos ( a ingenuidade do pessoal da portaria era bárbara).
Tanto que depois saí, para a pagar as luzes do meu (futur) carro e ganhei uma senha para poder voltar.
Vendi os ingressos que tínhamos como cambista (03) e com o dinheiro obtido podemos almoçar e ter dinheiro para voltar para POA de ônibus.
O Indio e o JL. ficaram lá guardando o meu lugar.
Assim participamos da inauguração do autodromo de Tarumã.
Mas depois da prova, que foi emocionante, teve o fato do Love Story, que conto a semana que vem ....

domingo, 3 de agosto de 2008

O Sapo Vermelho

Vô Vicente e Vó Zulmira ! Gritavam à beira do portão!!!
Marginal ! Stoporo ! Estropiciador de coisa alheia, velhaco, patife, devasso, ignóbil !!!
Marginal ! Stoporo ! Estropiciador de coisa alheia, velhaco, patife, devasso, ignóbil !!!

Dentro do Fuca vermelho reluzante, amassado na trazeira jaziam estupefatos Gordo; o passageiro e Indio o motorista frustrado. Os ladrões do Sapo Vermelho!
Tudo começou quando o pai do Indio comprou um Fuca vermelho! Mais vermelho era impossível, reluzente e moderno.
Sem garagem em casa, levou o Fuca para a casa do pai, Seu Vicente, o avô do Indio.
Sem resistir a saída do colégio Assis Brasil e a dezenas de normalistas que passavam na calçada. O Indio roubo o fuca para dar uma de bacana para as moças !!!
Chamou seu cúmplice preferido ! O Gordo.
Tiraram da garagem o fuca empurrando e preparam o passeio diante das normalistas. Na saída da garagem, já rasparam o paralama no portão!
Dona Zulmira percebeu o barullho e correu a chamar o Seu Vicente que descansava na sala.
Vicente ! Vicente ! Tão roubando o Fuca !!!
Saindo pela rua Anchieta que nem "Sapo", pois o motorista de direção nada sabia e muito menos de embreagem. Saíram em direção ao colégio Assis Brasil, e lá foram os dois aventureiros.
E o fuca ora saltava, engasgava, saltava de novo, engasgava, parecia um Sapo Vermelho!
Mas os dois delinquentes com os bancos bem deitados, deixavam aparecer só uma parte da cabeça. Óculos escuros! Jaqueta Lee, chamavam a atenção de todas as raparigas do colégio que passavma na calçada.
Passaram lá na frente de casa e fizeram questão de buzinar. PÕE BUZINAR !!!
Corremos à porta e la estava o fuca, o "Sapo Vermelho", que saltitando continuou sua trajetória.
E os dois bem faceiros!!! Nem olhavam pelo espelho o coitado do velho Vicente que corria atrás, gritando e com cara de quem ia ter um enfarte!
Ao vermos a cena, nos preparamos para o show!!! Corremos para perto da casa do seu Vicente e da dona Zulmira.
Mas o motorista do Sapo Vermelho ao ver tanta moça, quis ainda dar uma demonstração de habilidade ( Segundo seu Vicente mais uma atitude de sua índole de malfeitor) e ao acelerar forte na curva, foi amassar a trazeira do Fuca e quase derrubar o muro da Igreja da Luz.
Assim os dois facínoras e sem cárater , como dizia dona Zulmira, acumularam mais uma façanha de sua delinquência bem frente do Seu Vicente que continuava a correr gesticulando e gritando.
Marginal ! Stoporo ! Estropiciador de coisa alheia, velhaco, patife, devasso, ignóbil !!!
Aí com o Sapo Vermelho amassado, afogado e em cima da calçada foram alcançados pelo seu Vicente e tiveram que voltar empurrando o fuca por quatro quadras,até a casa do seu Vicente.
O desfavorecido automóvel foi colocado garagem à dentro ! E a cena drámatica e cômica para quem da calçada assistia, começou !
Marginal ! Stoporo ! Estropiciador de coisa alheia, velhaco, patife, devasso, ignóbil !!!
Marginal ! Stoporo ! Estropiciador de coisa alheia, velhaco, patife, devasso, ignóbil !!!
O Indio corria e o seu Vicente com a vara de Marmelo atrás!
O Pobre do cúmplice, desajeitado e sem palavras, se encolhia diante do olhar de Dona Zulmira que com dedo gesticulava e dizia !
Velhaco ! desencaminhador do meu neto! Marginal !
Seu Vicente não conseguiu alcançar o Indio e o Gordo fugiu para sua casa..
E o Sapo Vermelho ! Sumiu dias depois da garagem do seu Vicente. Nunca mais foi visto por nenhum de nós e os famigerados delinquentes, não pararam por aí, mas começavam a tramar novas aventuras que depois eu conto...