quinta-feira, 10 de julho de 2008

Curiosidades da Quadra.... Myssifufe

A quadra era cheia de surpresas curiosas e engraçadas....

O Myssifufe.

Myssifufe era um gato que o Rogério tinha. Era um gato cheio de manias e tratado a pão de ló, com direito a sofá e colinho. Myssifufe era tri conhecido na quadra, pelas manias do Rogério e pelas proezas que fazia e que eram contadas aos quatro ventos.
O papo era assim; cara o meu gato é tri legal e acho que até é inteligente, pois faz cada coisa que nem eu consigo ( Tá certo voces podem pensar que o Rogério erá meio burro), na verdade era mas daí achar que o gato era inteligente e que até fazias contas batendo a patinha no chão!
Tem dó.
Alegava que seu gato gostava de climas quentes e que detestava o frio e assim, andava com gato com um cobertorzinho de nene e uma manta
A verdade foi que de tanto se falar no tal gato, e das doidices do seu dono, o Myssifufe ganhou notariedade na quadra.
Rogério, precisando de mais status saía, de vez em quando, a passear com o tal do gato nos braços. (Parecia uma bicha louca abraçado no bichano). Os dois bem perfumados com perfume Lancaster (Moda da época).
Toda a semana, na reunião da turma no muro da D.Ricardina se escutava uma aventura do Myssifufe. O Gato já era mais popular que o queque do Atanasildo vendido no armazém da esquina.
Então Myssifufe desapareceu...
Uma tragédia para a família Coelho.
Mas antes do desaparecimento...
Aconteceu que fomos pescar na barra dos molhes no Cassino. O Rogério não foi envolvido que estava em aprender a tocar no violão uma musica chamada "A estrada de joca", conforme chamava.
Na volta, deixamos os caniços com anzol e algumas iscas no pátio da casa do Gordo!
Com os pais dele saindo de viagem, foi ele passar uns dias na casa do seu Vicente e da dona Zulmira.
Myssifufe desaparecido! Era só o que se escutava. Rogério batendo de porta em porta nas casas da quadra. Foi até na casa da Iolanda ! A casa da Iolanda era uma casa de tolerância. Na época era tudo o que sabíamos a respeito.
Continuando as buscas até cartazes fizemos, prometendo recompensa para quem desse o paradeiro do bichano. Mas, nada de nada.
Acreditavamos que depois de tanta bichiche o gato tivesse se apaixonado pelo "Alfredinho", uma bicha velha que andava de bicicleta pela quadra olhando para todos os guris. como não conseguirá atrair ninguém, havia raptado o bichano.
Mas nada do Myssifufe.
A triste verdade apareceu, quando os pais do Gordo voltaram, uma semana depois!
Um fedor de bicho morto na garagem, na casa, no pátio.
E lá em um caniço de miraguaia a triste verdade.
Myssifufe estava dependurado num anzol e mortinho da silva.
Uma tragédia ! Uma desgraça! Todos achamos que foi suicídio, pois ele, o bichano, já tinha aguentado o Rogério de mais.
Cheado a hora da verdade, nos perguntavamos se seria o caso de contar ou não contar para o Rogério? Optamos por não contar sobre o suicídio do gato.
Afinal não queríamos perder o amigo!
Um enterro quem nem os militares faziam na época, providenciamos. Assim, o bichano foi bem enterrado a noite, no pátio da torre da Embratel (Em uma cova clandestina é óbvio).
Rogério nunca soube o que aconteceu com o Myssifufe, e acredito que as suas viagens para o norte do país devem ser pelo fato de ainda hoje estar procurando o Myssifufe por lá

Nenhum comentário: